A designação de Ramalhete e o emblema do ramo de girassóis
mostram-nos a importância da terra e da província no passado daquela “família
antiga da Beira“.
O cedro e o cipreste (árvores românticas) simbolizam a vida e
a morte. Estas duas árvores foram “testemunhas” das diversas gerações desta
família.
Vénus, os seus poderes são imensos: Deusa amável, ela
protege os casamentos, favorece o entendimento entre os esposos, fecunda os
lares, preside aos nascimentos. Ela fertiliza também os campos. Mas pode ser
igualmente uma divindade temível, pois simboliza, muitas vezes, a paixão que
nada pode deter, que enlouquece de amor aqueles que ela quer perder. - O
Consultório de Carlos revela o seu diletantismo e a sua predisposição para a
sensualidade.
O Vermelho é universalmente considerado como o símbolo
fundamental do princípio da vida, com a sua força, o seu poder e o seu brilho;
o vermelho, cor de fogo e de sangue possui, entretanto, a mesma ambivalência
simbólica destes últimos. O escarlate ou vermelho escuro é noturno, feminino,
secreto e no limite centrípeto; ele apresenta não a expressão, mas o mistério
da vida. Este vermelho pode também revestir-se assim de um significado funéreo.
A Toca, aqui parece simbolizar o carácter animalesco do
relacionamento amoroso de Carlos e Maria Eduarda. - Os dois faunos simbolizam
dois amantes numa atitude hedonista e desprezadora de tudo e de todos.
Simbolizam também a atracão carnal. No quarto de Maria Eduarda, na Toca, o
quadro com a cabeça degolada é um símbolo e presságio de desgraça. Os seus
aposentos simbolizam o carácter trágico, a profanação das leis humanas e
cristãs.
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