segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Poema "chove" de Fernando Pessoa, analisado

Chove. É dia de Natal. A
Lá para o Norte é melhor. B
Há a neve que faz mal, A
E o frio que é ainda pior. B

E toda a gente é contente C
Porque é dia de o ficar. D
Chove no Natal presente. C
Antes isso que nevar. D

Pois apesar de ser esse E
O Natal da convenção. F
Quando o corpo me arrefece E
Tenho frio e Natal não. F

Deixo sentir a quem quadra G
E o Natal de quem o fez, H
Pois se escrevo ainda outra quadra G
Fico Gelado dos pés. H

Fernando Pessoa

(25-12-1930)

Analise

O poema “Chove” de Fernando Pessoa, apesar de pertencer
Cronologicamente ao Modernismo português, cujo ideal é quebrar regras com a tradição formal, apresenta-se com forma fixa de quatros estrofes, cada uma contendo quatro versos (quadras- características da poética de Fernando Pessoao uso de quadras como predominância), divididos em sete sílabas poéticas  (redondilho maior). Além disso, possui rimas alternadas (ABAB- CDCD- EFEF- GHGH) e há a predominância de rimas ricas.

Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/453889

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