sábado, 4 de janeiro de 2014

Sarau Literário

Algumas ideias sobre este episódio:

  • O Sarau destinava-se a ajudar as vítimas das cheias do Ribatejo.

  • Revela-nos aspetos caricatos da sociedade lisboeta: o gosto pela verborreia oca; a total falta de sensibilidade estética para apreciar o talento; a lágrima fácil perante o exagero poético romântico; a superficialidade das conversas.


  • O primeiro interveniente é Rufino, um orador tido como sublime; a sua retórica vazia, quase barroca, traduz a sensibilidade literária da época; a sua bajulação à família real evidencia a idolatria em relação a quem o pode promover.


  • Cruges representa o raro talento verdadeiro, incompreendido e alvo de risos.


  • O último interveniente é Alencar, após “um intervalo de dez minutos como no circo”. O poeta declamou “A Democracia”, aliando poesia e política, numa encenação exuberante e sentimentalista, ultrarromântica, que termina, entre fortes aplausos, com propostas sociais utópicas de uma República em que o milionário, sorrindo, abre os braços ao operário.



  • É neste episódio, aparentemente desligado por completo da intriga principal, que Ega entra em contacto com o Sr. Guimarães, personagem que se revela fundamental para o final trágico da intriga.

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