quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Modernismo

Modernismo na literatura:


No início do séc. XX as revistas culturais foram o principal meio de divulgação das transfor-mações sofridas pela arte. No ano de 1910 surgiu, em Portugal, a revista mensal "A Águia", dirigida por Teixeira Pascoaes. O objectivo dessa revista era ressuscitar a Pátria Portuguesa a partir do saudosismo, ou seja, por uma espécie de retomada das tradições do País.
O período em que a revista "A Águia" circulou é conhecido também como Saudosismo. Por ser um momento de transição, uma vez que em 1915 surge a revista "Orpheu", marco inicial do Modernismo português, esse período também pode ser classificado como Pré-Modernismo.

O Modernismo em Portugal é difícil de ser estruturado. Alguns estudiosos dividem-no em dois, três e até mesmo em quatro momentos. Quanto ao primeiro e segundo momentos não há divergências entre esses estudiosos, mas as duas outras fases geram muitas controvérsias.
Após muita pesquisa, optou-se em dividir o período Modernista português em duas partes: Primeiro Momento ou Orphismo e Segundo Momento ou Presencismo. As duas outras fases são classificadas como Neo-realismo e Surrealismo.

Isto justifica-se porque os escritores da fase Neo-realista repudiam a literatura psicológica e propõem uma literatura de carácter social, muito próxima à praticada pelos autores Realistas. Já os escritores da fase Surrealista são influenciados pelas teorias de Andre Breton, idealizador do Surrealismo.


Devido a todas estas circunstâncias, o ano de 1940, quando o grupo da Presença se desintegrou, é considerado o término do período Modernista em Portugal.

Na Pintura

O movimento ficou conhecido em Portugal a partir de duas exposições: a primeira, em 1915, ocorreu no Porto, tendo sido chamada de Humoristas e Modernistas; as segundas, em 1916, em Lisboa e no Porto, de Amadeu de Souza-Cardoso. O país, que entrara no século agarrado a uma pintura naturalista e romântica em que artistas como José Malhoa eram a referência, reagiu violentamente ao movimento. A nova estética internacional, desconhecida no país, estava a ser mostrada por artístas que tinham estado em Paris.


               Geração de Paris

Ocorreu com o regresso à pátria de artistas como Dórdio Gomes e Santa-Rita Pintor. Seguiram-se os do 2º grupo modernista (cerca de 1914). Este segundo grupo era constituído pelos artistas que regressaram de Paris com a eclosão da Grande Guerra (Diogo de Macedo, Eduardo Viana, Amadeo de Souza-Cardoso). Estiveram ligados à geração d’Orpheu.

Até à morte de Santa-Rita Pintor e de Amadeo de Souza-Cardoso (vítimas da pneumónica em 1918), a renovação da pintura portuguesa centrou-se nestes artistas e ainda nos grupos ligados ao Orpheu. O mais notável representante desta geração foi Amadeo de Souza-Cardoso, que, inicialmente influenciado por Cézanne, evoluiu para um cubismo misturado com todas as tendências com que contactou.

http://auladeliteraturaportuguesa.blogspot.pt/2010/02/modernismo-em-portugal.html 

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